Você sabe o que é autismo

TEA – TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Abril Azul é o mês de conscientização quanto ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O que não é? 

Não é uma doença transmissível, não é loucura, não é falta de amor.

O que é?

Se trata de um transtorno que engloba com dificuldades da interação social comunicação verbal e não verbal, comportamentos repetitivos ou estereotipados, padrões inflexíveis e uma relação sensorial diferente.

Os primeiros sinais podem ser observados ainda bebê. Normalmente os responsáveis só procuram o auxílio de um profissional quando a criança apresenta atrasos na fala ou na interação com outras crianças. Ainda podem ser desestimulados por familiares com falas do tipo “fulano só falou com 2 anos”, perdendo um tempo precioso de intervenção que diminuiria consideravelmente o acumulo de atraso das etapas de desenvolvimentos.

O termo “Expectro” é utilizado por ter diferentes graduações e intensidades dos sinais do transtorno. Atualmente é divido em três níveis: leve, moderado e grave.

Leve: No nível leve, não há comprometimento cognitivo como as pessoas apontadas pelo termo “Aspergue” que não é mais utilizado que estaria no nível leve no limiar entre os “neuroatípicos”.   Pessoas no nível leve podem ter dificuldades em relação a afeto, iniciar amizades e suas tentativas podem ser mal sucedidas. Mesmo entre o nível considerado leve, há perdas consideráveis no nível social, rigidez quanto a rotinas e a forma que as coisas devem funcionar. Podem apresentar interesse por coisas especificas e usar na tentativa de interação,  com os outros mas pode falhar em flexibilizar para outro assunto. O interessante é que existe uma tendência cultural achar que o TEA leve tem superdotação quando, na verdade, o que acontece é uma dedicação excessiva a um campo de conhecimento em detrimento de outras áreas da vida.

Moderado: Apresenta um rebaixamento no QI, porém tem capacidade de aprender dentro dos seus limites e tempo, possui dificuldades e desinteresse na interação social. Necessita de auxilio em atividades da vida.

Grave: Apresentará comprometimento grave na interação social e no QI e possivelmente precisará de auxílio ao longo da vida. Apresentará grande sofrimento em quebra das rotinas. Pode ter considerável atraso na fala que pode se perpetuar sem intervenção.

A conscientização permite que pais busquem auxilio para intervir antes dos 2 anos de idade, fazendo Avaliação do desenvolvimento, seguido de um tratamento interdisciplinar, com pediatra, neurologista, fonoaudiólogo, neuropsicólogo e ou psicólogo especializada em ABA (analise do comportamento), ou capacitado em DENVER. Com o acompanhamento adequado é possível ver crianças começando a expressar a fala, os pais serem psicoeducados de como lidar com os rompantes de humor e comportamentos comuns como autoagressão e comportamentos psicomotores estereotipados.

Alguns itens para ficar de olhos no desenvolvimento da criança e ligar o alerta e levar ao pediatra:

  • Sensibilidade ou falta de sensibilidade ao som, toques e a comida,
  • Restrições alimentares seja rejeitar tipos de alimentos ou comer coisas que não são alimentos.
  • Atraso na fala, pouca ou nenhuma triangulação nas atividades sociais, como: não olhar nos olhos, não jogar a bola para a outra pessoa, ou interagir nas brincadeiras.
  • Apresenta, movimentos estereotipados e repetitivos, com a mão, cabeça ou corpo e Comportamentos como se morder, bater nos outros, usar sua mão para pegar ou fazer algo.

É possível que em casos leves, a pessoa possa chegar à vida adulta sem diagnóstico, tendo aprendido formas de lidar com a vida, mas com dificuldades na expressão de afeto, um pouco deslocado em situações sociais e com padrão rígido de como as coisas devem funcionar.

 

Psicóloga Danusa S. Eufrazio CRP 05/54209
Base das informações, Pós Graduação em Intervenção Precosse CBI Off Miame. Experiêcia Clinica em avaliação e intervenção em crianças e DSM-V.

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